28/03/2024

Fávaro diz que eleição de Selma foi desleal e admite querer vaga

(Por: Rafael de Souza / Marcio Camilo)

O ex-vice-governador e ex-candidato ao Senado Carlos Fávaro (PSD) afirmou, na tarde desta quinta-feira (11), estar pronto para disputar a vaga da senadora Selma Arruda (PSL) que teve o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT) por suposto crime de caixa 2. Na mesma decisão a Corte Eleitoral determinou a realização de novas eleições em Mato Grosso.

Fávaro disse acreditar que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vai seguir o ritmo célere e o entendimento do TRE e manter a cassação de Selma.

“Por respeito à Justiça Eleitoral, que desfez os desmandos da eleição passada, ao posicionamento dos desembargadores, celeridade, enfrentamento de não deixar a coisa errada ficar encoberta e não teve corporativismo, eu sou candidato”, declarou Fávaro.

O ex-candidato argumentou que a senadora foi desleal por, supostamente, praticar caixa 2 de campanha, além de causar um prejuízo milionário aos cofres públicos. Fávaro lembrou ainda que está foi a “segunda derrota” de Selma, sendo que a primeira foi  a reprovação, por unanimidade, de suas contas de campanha.

“Candidatos não conseguiram se eleger porque tinha uma concorrência de forma desleal. Quem vai indenizar esses candidatos? Financiar, caso tenha novas eleições?”, indagou.

Para Fávaro, o gasto com um novo pleito eleitoral deve alcançar a cifra de R$ 50 milhões.

“Podemos gastar R$ 20 milhões só para fazer novas eleições? Mais R$ 3 milhões para cada candidato, que tem direito a gastar. Então se tiver 10 candidatos são mais R$ 30 milhões. Ou seja, são R$ 50 milhões só para fazer novas eleições, sendo que ninguém de nós fez esse dano”, criticou.

Caso a cassação da senadora seja realmente confirmada, o ex-vice-governador, que atualmente é coordenador do Escritório de Representação de Mato Grosso (Ermat) em Brasília, terá que deixar o Governo antes de anunciar oficialmente sua candidatura.

Entenda

A senadora Selma Arruda foi condenada pelo Tribunal Regional Eleitoral, por unanimidade, na quarta-feira (10). Ela é acusada de cometer crime de caixa 2 e abuso de poder econômico durante a campanha eleitoral de outubro passado.

Os magistrados determinaram a perda do mandato de Selma e que ela fique inelegível por oito anos. A decisão também se estende para os demais integrantes da chapa, no caso o primeiro e segundo suplente da senadora, Gilberto Possamai e Fabiana Mendes.

Na decisão os juízes também entenderam que uma nova eleição deve ser feita para ocupar o cargo e rejeitaram que o ex-vice-governador do Estado, Carlos Fávaro (PSD), que ficou em terceiro lugar na disputa ao Senado Federal, assuma o posto antes do novo pleito.

Por enquanto, Selma permanece no cargo, já que ela ainda poder recorrer da decisão no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

A Senadora nega todas as acusações. “Estou tranquila com a decisão proferida nesta quarta-feira (10.04) pelo Tribunal Regional Eleitoral. A tranquilidade que tenho é com a consciência dos meus atos, a retidão que tive em toda a minha vida e que não seria diferente na minha campanha e trajetória política. Respeito a Justiça e, exatamente por esse motivo, vou recorrer às instâncias superiores, para provar a minha boa fé e garantir que os 678.542 votos que recebi da população mato-grossense sejam respeitados”, afirmou Selma Arruda, por meio de nota.

Fonte:  www.reportermt.com.br

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