O senador Cidinho Santos (PR/MT) voltou à tribuna do Senado Federal para defender o aumento no uso de biocombustíveis no Brasil nesta quarta-feira, 21 e comemorar o Programa Renovabio, que será lançado na próxima segunda-feira pelo presidente Michel Temer e pelo ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho.
O programa visa a expansão da produção e do uso de biocombustíveis no Brasil, baseada na previsibilidade, na sustentabilidade ambiental, econômica e social, e compatível com o crescimento do mercado.
“É preciso destacar que o RenovaBio não contrapõe os biocombustíveis aos combustíveis de origem fóssil – ao contrário, melhora a organização e confere previsibilidade, promove maior eficiência, menores custos, e maior controle contra fraudes no comércio de combustíveis”, defendeu o senador.
O modelo para melhoria da matriz brasileira de combustíveis está alicerçado em quatro pilares: a introdução de metas de emissões de gases causadores de efeito estufa no mercado de combustíveis; inserção da certificação da produção de biocombustíveis; reforçar a fiscalização e o controle para evitar fraudes; e a criação dos créditos de descarbonização – um novo produto vinculado à produção de biocombustíveis.
O Brasil é o país mais avançado do mundo na área de biocombustíveis, ao substituir 36% da gasolina por etanol e 8% do diesel fóssil por biodiesel. Em volume, somos o segundo maior produtor mundial de etanol e biodiesel, e temos um grande potencial de produção de biogás, do biometano e do bioquerosene.
O crescimento desse setor será benéfico para a balança comercial brasileira, já que o país deixaria de importar uma grande quantidade de combustíveis fósseis. “Dados apresentados pelo jornal Folha de S. Paulo mostram que 30% da gasolina consumida no país em 2016 foi importada, 50% do diesel fóssil foi importado”, alerta Cidinho.
O senador também defendeu a antecipação do aumento da mistura de biodiesel ao diesel fóssil para 9% (B9) a partir de setembro e para 10% (B10) a partir de março de 2017.
“Quando temos a oportunidade de processar o nosso produto, transformando o grão em óleo para o biodiesel e em farelo para ração, estamos gerando emprego e gerando renda dentro do nosso país, além de contribuir com o meio ambiente”, afirmou.
Fonte: Assecom