Vereadores debateram sobre acabar ou não com o pequeno expediente da 2ª sessão, utilizado para apresentar indicações e projetos
O primeiro dia de sessão dupla na Câmara de Cuiabá foi marcado por bate-boca entre os vereadores. A principal questão levantada foi se uma das etapas das sessões – o pequeno expediente – seria retirado ou não do segundo encontro.
De acordo com o Regimento Interno, as sessões plenárias são divididas em: pequeno expediente, destinado a apresentação de indicações e projetos; grande expediente, para discussão de propostas; tribuna livre, para discursos de representantes da sociedade; ordem do dia, quando são aprovados os projetos; e explicações pessoais, destinado a discurso diversos dos vereadores.
A sugestão de “pular” o pequeno expediente na segunda sessão foi do vereador Adevair Cabral (PSDB). Três parlamentares, no entanto, se manifestaram contra, quando o pedido foi colocado em votação. O pedido de Abílio Júnior (PSC) para justificar seu voto (contrário à medida) abriu, então, um debate que tomou mais tempo do que o próprio pequeno expediente levaria.
Para Abílio, acabar com o pequeno expediente poderia fazer com que as próximas sessões ocorressem “pela metade”. “Vamos cortar o mal pela raiz, para que as sessões não sejam incompletas”.
Felipe Wellaton (PV) e Marcelo Bussiki (PSB), que também votaram contra, se manifestaram no mesmo sentido. Tiveram o argumento rebatido por Adevair e por Renivaldo Nascimento (PSDB), este último autor da proposta que transferiu as sessões de quinta-feira para terça-feira sob a justificativa de economia.
“Estamos fazendo duas sessões no mesmo dia justamente por isso, as sessões estão prejudicadas. Não temos servidores nos gabinetes”, pontuou Renivaldo, em referência à demissão de 460 funcionários por falta de orçamento para pagar os salários.
O “bate-boca” terminou com o discurso de Ricardo Saad (PSDB), que lembrou os colegas que as indicações e projetos podem ser apresentados também no grande expediente. “E não me venham falar de prejuízo à sociedade. Tem muito mais coisas que causa prejuízo à sociedade. Ficar discutindo aqui, não vai levar ninguém a lugar nenhum”, reclamou.
Fonte: http://olivre.com.br