Deputados votaram a favor da Reforma Trabalhista, contrariando a orientação do partido
Os deputados federais Fabio Garcia e Adilton Sachetti, se desfiliaram do Partido Socialista Brasileiro (PSB) na última terça-feira (25). O ato veio três dias antes de uma reunião que previa a expulsão deles da sigla, marcada para acontecer na próxima sexta-feira (27). Os dois parlamentares mato-grossenses votaram a favor da reforma trabalhista, em agosto, contrariando a diretriz da direção nacional do partido.
No mesmo ato de Garcia e Sachetti, também se desfiliaram do PSB os deputados federais Tereza Cristina (MS) e Danilo Forte (CE), além do ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho.
Ao LIVRE, o deputado Adilton Sachetti afirmou que o destino ainda não é certo. Contudo, a legenda com mais chances de recebê-los é o Democratas (DEM), comandado em Mato Grosso pelo ex-senadores e ex-governadores Jayme e Júlio Campos.
Sachetti cita ainda o Partido Progressista (PP), do atual ministro da Agricultura Blairo Maggi, e também o novato Podemos, presidido em Mato Grosso pelo senador José Medeiros, como possíveis destinos.
“Eu busco um partido onde eu tenha a possibilidade de fazer o meu trabalho pelo país, como não foi possível nessa reta final no PSB”, afirmou Sachetti.
Depois da votação da reforma trabalhista, a direção nacional do PSB havia destituído o diretório estadual de Mato Grosso e colocado na presidência o deputado federal Valtenir Pereira, filiado novamente à sigla no dia da nomeação.
O ato deu início a uma batalha jurídica que se arrastou pelos últimos meses e se encerrou com eleições realizadas em setembro, que tiveram Valtenir eleito como presidente. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal reconheceu o pleito no final de setembro.