PSDB: “Reeleição é muito difícil no momento atual, mas há condição”

Maluf defende que o governador esqueça a aliança que o elegeu, em 2014, e construa um novo grupo

O deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB) disse que o governador Pedro Taques (PSDB) enfrentou em sua gestão uma série de crises e que, por isso, será “muito difícil”, embora possível, a reeleição.

Segundo ele, a cúpula do PSDB acredita ser viável o projeto de manutenção de Taques no Palácio Paiaguás.

“Não há impedimento nenhum para que o governador Pedro Taques possa avançar na construção da sua reeleição. Dentro do partido, eu não presenciei nenhum impedimento. Pelo contrário, o partido quer trabalhar para que isso aconteça”, disse.

“Sabemos das dificuldades, da crise que o governador enfrentou, e que, por isso, uma reeleição é muito difícil no momento atual. Mas nós entendemos que há condição, sim”, afirmou.

Para tanto, o tucano defendeu que o governador esqueça a aliança que o elegeu, em 2014, e construa um novo grupo.

“Obviamente, isso tem que ser construído com um novo grupo político. Parece que não é possível reeditar a mesma aliança, até porque os atores são diferentes. O governador já conseguiu algumas alianças e deve estar construindo outras para que possa concretizar o projeto”, relatou.

Perda de aliados

Maluf afirmou que o governador não está de “portas fechadas” e nunca se negou a conversar com outros agentes políticos.

Ele preferiu não analisar por quais razões o tucano perdeu aliados ao longos dos últimos meses, entre eles o ex-vice-governador Carlos Fávaro (PSD).

“Eu não fico olhando para trás. Tenho dito ao governador que ele tem que pensar em um novo projeto, com um novo grupo. Até porque o momento é outro também. Não adianta a gente ficar analisando o porquê da perda de uma aliança. Temos que concretizar uma nova aliança e pensar no projeto para frente”, afirmou.

“Você muda a todo o momento, mesmo que não queira que aconteça. Quem ia esperar que o Governo fosse atravessar uma dificuldade tão grande quanto essa? Ninguém. Tem que haver enxugamento, uma política tributária diferente. Isso não agradou todo mundo e fez com que alguns deixassem de apoiá-lo”, analisou.

 

Fonte: http://www.midianews.com.br