27/07/2024

Em tom de campanha, Taques manda “alfinetadas” a adversários

“Muita gente está fazendo cortesia com chapéu do outro”, disse Taques, durante ato de inauguração da nova sede do Indea

Nos últimos dias, o governador Pedro Taques (PSDB) intensificou sua agenda de compromissos oficiais, em razão da legislação eleitoral que o impede – em caso de sair à reeleição – de participar de entregas ou lançamentos de obras depois do dia 7 de julho.

E ele tem aproveitado seus discursos para alfinetar, ainda que sem citar nomes, alguns de seus possíveis adversários ou ex-aliados. Na manhã de sexta-feira (29), por exemplo, o governador entregou a nova sede do Indea e não poupou críticas aos desafetos.

Taques classificou como “discurso fácil” a alegação de que há um inchaço da máquina pública. Dois possíveis adversários do tucano na corrida ao Paiaguás, o senador Wellington Fagundes (PR) e o ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (DEM), além do ex-vice-governador, Carlos Fávaro (PSD), por exemplo, já defenderam a diminuição do Estado e cobraram uma reforma administrativa.

Algumas pessoas desavisadas ou por má-fé tem o discurso: ‘vamos diminuir o tamanho do Estado’. Mas digo a vocês, cuidado com discursos fáceis. Essa conversa de diminuir tamanho do Estado é pra quem não conhece a realidade de Mato Grosso

“Algumas pessoas desavisadas, ou por má-fé, têm o discurso: ‘vamos diminuir o tamanho do Estado’. Mas digo a vocês, cuidado com discursos fáceis. Essa conversa de diminuir tamanho do Estado é pra quem não conhece a realidade de Mato Grosso”, afirmou Taques.

Ao longo de seu discurso, ele citou em quais pastas estão espalhados os cerca de 70 mil servidores do Estado – além dos 30 mil aposentados.

Taques afirmou que o Poder Executivo tem buscado formas de realizar mudanças sem prejudicar a prestação dos serviços.

“Dos 70 mil, 40 mil são da Educação, dos quais 20 mil são professores. Deste total, 16 mil são contratados. Fizemos um concurso e substituímos dois contratados por um efetivo. Isso significa gestão e aí precisamos otimizar a utilização desses profissionais”, disse.

“Vamos diminuir o tamanho do Estado como? Porque daqui a pouco teremos desemprego estrutural no nosso Estado, como em Lucas, em Nova Mutum, onde existe colocação no mercado de trabalho, mas as pessoas estão sem qualificação para trabalhar, porque não sabem fazer as cinco operações básicas. E aí, chega no Sesi, Senar sem a mínima qualificação”, acrescentou.

A declaração atinge dois de seus antigos aliados, os ex-prefeitos de Lucas do Rio Verde e de Nova Mutum, os irmãos Otaviano Pivetta e Adriano Pivetta.

Na sequência, Taques ainda passou a listar uma série de obras e, consequentemente, de contratações realizadas em sua gestão.

“Vamos diminuir o tamanho do Estado? Não tínhamos uma escola em tempo integral, hoje são 40. Tínhamos oito escolas técnicas, terminaremos o ano com 17. Tínhamos uma escola militar, terminaremos com 12. Temos 15 mil servidores da Segurança, dos quais 27% fomos nós que chamamos. Inauguramos Bombeiros em Juína, Colíder, Alto Araguaia, Distrito Industrial e amanhã inauguraremos em Confresa. Aí, querem diminuir tamanho do Estado”, disse.

Muita gente está fazendo cortesia com chapéu do outro.

“Como posso diminuir tamanho do Estado, se precisamos de patrulhas rurais como temos em Rondonópolis? Como diminuir, se tínhamos um déficit muito grande de pessoas que não pensavam no Estado? Entenderam a conversa fiada de falar que precisamos diminuir o tamanho do Estado? Precisamos sim fazer com que estes cada dia mais estejam em vários lugares”, acrescentou Taques.

“Cortesia com chapéu alheio”

O governador Pedro Taques também sugeriu que adversários estariam tentando se beneficiar de ações realizadas por sua gestão.

Para isso, ele citou a concessão dos aeroportos Marechal Rondon, em Várzea Grande e dos quatro regionais de Mato Grosso (Rondonópolis, Sinop, Alta Floresta e Barra do Garças). Recentemente, o senador e pré-candidato ao Governo, Wellington Fagundes realizou uma audiência pública em Cuiabá para tratar do assunto e falou uma de suas lutas era a concessão dos aeroportos.

“Algumas pessoas não conhecem o Estado. Precisamos pensar uma nova forma do Estado atuar. Sabe qual é? Isso que estamos fazendo aqui, parcerias com fundos, usar dinheiro dos fundos para o próprio produtor é um exemplo. Outro exemplo, é a concessão, como dos aeroportos”.

“Muita gente está fazendo cortesia com chapéu do outro. Sobre a concessão dos aeroportos, no dia 4 de julho de 2016 eu e Marcelo Duarte (secretário de Infraestrutura) em uma conversa estratégica pensamos em conceder aeroporto de Cuiabá e outros do interior. Fomos nós que fizemos um ofício ao ministro, o convencemos e estamos fazendo a concessão. Isso significa gestão”.

Fonte: http://www.midianews.com.br

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