Governador eleito diz que também fará o mesmo movimento em secretarias de Mato Grosso
O governador eleito Mauro Mendes (DEM) afirmou que o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) acerta ao enxugar a estrutura governamental.
Entre os pontos mais polêmicos está a fusão do Ministério da Agricultura com o Ministério do Meio Ambiente. Para Mato Grosso, o assunto traz impactos. O Estado é o maior produtor agrícola do País e tem, ao mesmo tempo, três dos maiores e mais importantes biomas: a Amazônia, o Cerrado e o Pantanal.
A ideia foi mal recebida por representantes dos dois setores e a equipe de Bolsonaro deu sinais, nos últimos dias, de recuo.
“Ainda é cedo para dizer se essa fusão específica vai ser a decisão mais acertada. Mas o presidente eleito Jair Bolsonaro está correto em querer enxugar o Estado brasileiro”, disse.
O presidente eleito está correto em querer enxugar. Esse enxugamento nós também faremos em Mato Grosso
O democrata afirmou que o mesmo movimento deverá ser feito em Mato Grosso. Esta é uma das promessas de campanha dele.
A equipe de transição do governador eleito já trabalha as eventuais fusões e enxugamentos a serem feitos. Ainda não há detalhes de quais Pastas sofrerão ajustes, mas especula-se que os gabinetes criados na gestão Pedro Taques (PSDB) podem ser os primeiros atingidos.
“O presidente eleito está correto em querer enxugar. Esse enxugamento nós também faremos em Mato Grosso como, por exemplo, a redução de secretarias e de cargos comissionados”, resumiu Mendes.
Contrários
Em nota divulgada nesta quarta-feira (31), o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, lamentou a idea do presidente eleito de fundir a Pasta com o Ministério do Meio Ambiente.
Maggi afirma que a fusão “trará prejuízos ao agronegócio brasileiro, muito cobrado pelos países da Europa pela preservação do meio ambiente”.
O ministro apontou que, muitas vezes, o Ministério do Meio Ambiente tem que tratar de áreas que não estão relacionadas ao agronegócio, como energia, infraestrutura, mineração e petróleo
Ele considera que seria difícil conciliar todos esses assuntos. “Como um ministro da Agricultura vai opinar sobre um campo de petróleo ou exploração de minérios?”, questionou.
Fonte: http://www.midianews.com.br