Petista diz que todo posicionamento “divisionista” tende ao fracasso e descarta proposta de Ulysses
O deputado estadual eleito Lúdio Cabral (PT) afirmou ser contra a proposta do também eleito Ulysses Moraes (DC) de união dos 14 novatos por uma chapa para o comando do Legislativo.
Segundo o petista, todo posicionamento “divisionista” tende ao fracasso. Ele afirmou que a decisão de apoiar ou não as chapas que irão disputar a Mesa Diretora dependerá de uma conversa com seu colega de sigla, deputado Valdir Barranco, e da deliberação da direção do PT.
“A minha posição em relação à Mesa será tomada com meu companheiro de bancada e com a direção do PT. Por esse caminho, a gente vai amadurecer uma posição em relação à Mesa Diretora. Mas na minha leitura o critério para definição não pode ser de divisão entre novatos e antigos. Não é o critério adequado”, afirmou ao MidiaNews.
“Eu fui vereador oito anos em Cuiabá e acompanhei várias disputas de Mesa Diretora. Acho que é precoce para já ter um posicionamento. Mas todo posicionamento divisionista tende ao fracasso, porque uma composição de Mesa implica em aglutinar. Esse critério de novatos versus antigos é muito superficial”, disse.
O critério para isso tem que ser o posicionamento em relação ao Governo e o posicionamento em relação às questões mais importantes do Estado
O petista também sinalizou ser contra a eventual candidatura à reeleição do atual presidente da Casa, deputado Eduardo Botelho (DEM). Isso porque, o parlamentar é do mesmo partido do governador eleito Mauro Mendes. Lúdio já disse que fará oposição ao democrata.
“O critério para isso tem que ser o posicionamento em relação ao Governo e o posicionamento em relação às questões mais importantes do Estado que vai exigir da Assembleia um posicionamento político. São essas questões que são os principais critérios para um processo de diálogo para composição de Mesa”, afirmou.
“A bancada do PT vai fazer oposição ao próximo governador. E eu não sei qual será o posicionamento dos demais partidos. Também não pode ser apenas oposição versus situação. Se for assim, tenho consciência que vamos ter uma oposição minoritária, que sequer teria condições de montar uma chapa. Então, também não é o critério exclusivo”, disse.
Independência
Lúdio disse, ainda, que outro critério importante será a forma como a futura Mesa Diretora irá se portar em relação a questões importantes, como reforma tributária e taxação do agronegócio.
Ainda a relação de independência que a Mesa terá com o Executivo.
“Vou levar em conta um debate sobre a formação do orçamento e o fim do privilégio dos bilionários do Estado, que é a pauta dos incentivos fiscais. Outro debate é a reforma tributária, que alivia os pequenos e cobre dessa parcela minoritária e privilegiada da economia do Estado”, afirmou.
Do ponto de vista pessoal, eu não tenho nenhuma motivação para participar de Mesa Diretora, seja em qualquer circunstância
“Precisamos de uma Assembleia que tenha autonomia e independência em relação ao Poder Executivo, que consiga ter uma postura altiva, de harmonia, mas de independência. São esses critérios que, aos poucos, vão sendo tomados para nos ajudará em uma decisão”, completou.
Fora da Mesa
O petista disse, por fim, não haver qualquer possibilidade de ele buscar um espaço na Mesa Diretora.
“Do ponto de vista pessoal, eu não tenho nenhuma motivação para participar de Mesa Diretora, seja em qualquer circunstância. Eu, no máximo, irei votar em uma chapa”, resumiu.
Cotados
Além de Botelho, são cotados, por ora, para a presidência da Assembleia Legislativa o deputado Guilherme Maluf, atualmente primeiro-secretário; Ondanir Bortolini, o Nininho (PSD), segundo mais votado na eleição deste ano; e Janaina Riva (MDB), a mais votada na eleição.
Há cerca de dez dias, os novatos Ulysses Moraes e João Batista (Pros) anunciaram apoio à candidatura do delegado Claudinei Lopes (PSL) à presidência da Assembleia Legislativa.
Fonte: http://www.midianews.com.br/
