(Por: Fabiana Mendes)
A Polícia Civil não recebeu nenhuma denúncia envolvendo o vazamento de fotos e vídeos íntimos de moradores da cidade de Rondonópolis (a 216 quilômetros de Cuiabá). As imagens da orgia vazaram na madrugada da última segunda-feira (27) e viralizaram rapidamente no Twitter por meio da hashtag “Surubão de Rondonópolis”, mas para que se abra uma investigação sobre suposto crime virtual no episódio seria necessário que algum dos envolvidos buscasse as autoridades.
A circulação das imagens do sexo grupal geralmente vinha acompanhada de fotos dos supostos participantes. Nesta semana, Olhar Direto entrevistou o empresário Paulo Eduardo, de 27 anos, que foi surpreendido ao se ver envolvido no episódio. Uma imagem antiga dele ao lado de amigos foi compartilhada com a informação de que todos os que apareciam na imagem teriam participado do ato sexual.
Paulo afirma que só tomou conta da dimensão do assunto quando começou a receber mensagens. “Começaram a mandar mensagens pra mim, fui ver do que se tratava e já tinha até matéria”, lembrou.
Depois disso, ele começou a ser alvo de ataques nas redes sociais. Embora ele assevere que não tenha participado, os amigos não se manifestaram para negar a informação. Questionado se ele iria procurar a polícia por conta dos comentários, o empresário afirmou que ainda deverá analisar a situação com cautela.
Embora a orgia tenha sido consensual, para Paulo, a situação viralizou por conta de rumores de que haveria uma transexual envolvida. “Era uma menina mesmo. Tudo consensual, todos estavam cientes das filmagens, era uma menina. O que explodiu foi o fato de terem aumentando de que seria uma transexual”, conta.
Um segundo rapaz apontado como participante da orgia se manifestou no Twitter. “Nem participei e levei a fama. A todos que estão me acusando, eu tenho prints, aguardem…”, disse o jovem, que também compartilhou uma foto sobre crimes contra a honra.
A reportagem tentou contato com um jovem apontado como participante do sexo grupal. No entanto, uma terceira pessoa atendeu a ligação e disse que não teria ninguém no local com o nome informado.
A situação teria ganhado mais repercussão porque os rapazes que aparecem na filmagem foram apontados nos compartilhamentos como simpatizantes do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e defensores de posturas conservadoras.
Existem também rumores de que uma das pessoas envolvidas no ato sexual estaria sofrendo ameaças. De acordo com a Polícia Civil, também não há qualquer denúncia e, por consequência, investigação desta vertente.
Fonte: olhardireto.com.br/noticias