Justiça do Pará expediu mandado de prisão contra Aldecides Milhomem; ordem foi cumprida na 4ª
(por BRUNA BARBOSA )
O ex-prefeito de Alto da Boa Vista (a 1.064 km de Cuiabá), Aldecides Milhomem de Cirqueira, foi preso nesta quarta-feira (22), suspeito de ser o mandante do homícidio de dois vigilantes que trabalhavam em um imóvel rural, alvo de disputa entre ele e a ex-mulher dele, no Pará (PA).
O mandado de prisão preventiva foi expedido pela juíza da Comarca de São Félix do Xingu (PA), Tainá Monteiro da Costa, e cumprido contra o ex-prefeito em São Félix do Araguaia (a 1.159 km de Cuiabá). Conforme o processo do Tribunal de Justiça do Pará, existem “fortes indícios” que comprovam a autoria de Aldecides.
As vítimas Gilvani Alves Feitoza e Valdemar Pinto da Rocha foram contratados pela ex-esposa de Aldecides, C.R.M., para, entre outras atividades, fazerem a segurança do imóvel quando a mulher conseguiu uma reintegração de posse.
As ameaças e o contexto delineado do que se tem das investigações demonstra com clareza, em tese, a autoria criminosa pelo representado, o qual busca, a todo custo, a posse/propriedade do imóvel que é disputado em partilha decorrente de dissolução de vínculo conjugal
“No decorrer das investigações, restou apurado que Aldecides Milhomem de Cirqueira foi, em tese, o autor intelectual do crime em tela, cuja motivação é a disputa de imóvel rural com sua ex esposa C.R.M., tendo em vista que as vítimas, na realidade, trabalhavam para esta na referida área, promovendo atividades de caráter rural, bem como vigilância do bem”, diz a magistrada em trecho do processo.
A defesa de Célia ainda teria informado a Justiça sobre constantes ameaças que a mulher estaria recebendo para deixar o processo.
“Tendo a declarante registrado que recebeu ameaças veladas para abandonar a causa, por interpostas pessoas de algum modo vinculadas ao representado”, consta no documento.
A magistrada avaliou que o depoimento do ex-prefeito é “imprescindível” para a elucidação do crime, já que o mesmo poderia apresentar riscos à investigação.
“O representado [Aldecides] tem realizado ameaças às testemunhas, havendo risco de destruição de provas, tais como dados inseridos em aparelhos celulares, computadores e outros”, disse a juíza, ao determinar a prisão do ex-prefeito.
A magistrada ainda afirmou que o ex-prefeito busca ter a propriedade do imóvel rural “a todo custo”.
“As ameaças e o contexto delineado do que se tem das investigações demonstra com clareza, em tese, a autoria criminosa pelo representado, o qual busca, a todo custo, a posse/propriedade do imóvel que é disputado em partilha decorrente de dissolução de vínculo conjugal”, diz em trecho.
Conforme o processo, Aldecides deve cumprir 30 dias de prisão preventiva durante as investigações do caso.
Fonte: https://www.midianews.com.br