O governador Mauro Mendes (DEM) afirmou que aguarda um parecer técnico e financeiro sobre uma possível retomada das obras do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) em Cuiabá e Várzea Grande. Ao lado do ministro de Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, durante agenda na Capital, Mendes disse que diversas reuniões foram suspensas em razão da pandemia da Covid-19.
“Nós estamos conduzindo essa pauta, mas em função da pandemia, ela não teve as condições que nós precisaríamos, reuniões que poderiam ter sido feitas, enfim. Porém o assunto não ficou parado nesse período. Por enquanto, não tem nada descartado e nada confirmado. Os estudos estão em andamento e o mais breve possível nós tomaremos essa decisão”, declarou na última sexta-feira (28), na entrega do Residencial Santa Bárbara, em Várzea Grande.
Mendes apontou que já discutiu o futuro do VLT com Marinho, no entanto, não apresentou nenhuma previsão sobre a entrega do modal que era promessa para a Copa do Mundo ainda em 2014. O modal começou a ser construído em 2012 pelo consórcio VLT Cuiabá Várzea Grande com um custo inicial de R$ 1,4 bilhão.
“Vamos torcer para que nas próximas semanas, nos próximos meses, nós tenhamos todos os elementos técnicos e financeiros para que possamos tomar uma decisão que preserve o interesse público. Se vamos decidir pela proposta A ou proposta B, alternativa A ou alternativa B, quanto custaria cada uma e qual impacto disso”, ressalta.
O democrata relembrou que durante a campanha eleitoral, de 2018, para o governo prometeu uma solução para o VLT ainda no primeiro ano. “Eu nunca fiz um anúncio, inclusive pedi desculpas por não conseguir terminar isso no primeiro ano quando tínhamos essa intenção. Em 2019 mudou três vezes o secretário nacional de Mobilidade Urbana e foi um problema naquele momento”, apontou.
O governador ainda destacou a participação do governo federal em discutir o modal. “Nós estamos dialogando muito. Eles fazem parte do problema e farão parte da solução. Gostei muito da minha última conversa com o ministro, vi nele um homem extremamente sério, objetivo e técnico”, finalizou.
Sobre o modal
Em 2009, quando Cuiabá foi escolhida para ser uma das sedes da Copa, a decisão do governo era para que o modal de transporte a ser utilizado era o Bus Rapid Transit (BRT), com o custo de R$ 400 milhões à época. Somente em 2012, quando o Governo Federal autorizou a troca do modal, que Mato Grosso optou pelo VLT, com recursos da Caixa Econômica Federal e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A obra do VLT foi projetada para ter uma extensão de 22 quilômetros, com dois itinerários. Segundo o projeto, o primeiro trecho ligaria o Aeroporto Marechal Rondon até a Avenida Rubens de Mendonça. O segundo trecho sairia da Avenida Tenente Coronel Duarte até a região do Coxipó.
Fonte: https://www.hnt.com.br/politica//futuro-de-vlt-volta-a-ser-pauta-do-governador-mauro-mendes/183648