Os financiamentos para as duas obras foram contraídos junto à Caixa Econômica e ao BNDES
O Governo de Mato Grosso gastou, em 2018, cerca de R$ 111,8 milhões apenas pagando parcelas das dívidas contraídas para financiar as duas principais obras da Copa do Mundo de 2014: a Arena Pantanal e o Veículo Leve sobre Trilhos.
As duas obras, as mais caras do chamado legado da Copa de 2014, não foram totalmente concluídas até hoje.
Com a Arena Pantanal foram gastos no ano passado R$ 53,7 milhões e com o VLT os desembolsos chegaram a R$ 58,1 milhões.
O dado foi divulgado pelo secretário de Estado de Fazenda, Rogério Gallo, no balanço do último quadrimestre de 2018.
A construção da Arena Pantanal, que custou cerca de R$ 700 milhões, contou com um aporte de R$ 392 milhões financiados pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Orçado em R$ 1,4 bilhão, o VLT foi viabilizado por meio de duas linhas de crédito, obtidas com a Caixa Econômica Federal (Pró-Transporte, no valor de R$ 423,7 milhões) e o BNDES (CPAC, R$ 727,9 milhões) em 2012.
Os valores pagos com o modal dizem respeito a R$ 29,2 milhões com a Caixa Econômica e R$ 28,9 milhões com o BNDES.
“Aquele R$ 1,4 bilhão que o Estado tomou, o Estado esta pagando. Amortizando o principal da dívida e pagando juros. Essa dívida foi renegociada e reduziu um pouco o montante gasto anualmente, porque ela foi alongada. Mas o valor era inclusive maior”, disse o secretário Rogério Gallo.
A dívida foi renegociada ainda no Governo Pedro Taques por meio do Programa de Reestruturação e Ajuste Fiscal (PAF) do Governo Federal, alongando-a em 20 anos.
Dados
Nos dados apresentados pela Secretária de Fazenda sobre os gastos anuais, consta que o Estado dispensou apenas no ano passado R$ 918 milhões com amortização de dívida interna e externa.
Com o Bank of America foram dispensados R$ 266,4 milhões. Com a dívida junto ao Banco Brasil, para o Programa MT Integrado, foram R$ 240 milhões.
O Estado ainda tem uma dívida com a União, contraída em 1997, para a qual foram dispensados R$ 131 milhões.
Com o BNDES, por meio do Prodetur – que são investimentos que para a obra de infraestrutura em Chapada dos Guimarães -, foram pagos R$ 33 milhões.
Com o Banco do Brasil, por meio do Proinvest, foram R$ 23,2 milhões. E sobre outras operações diluídas R$ 110,5 milhões.
Fonte: http://www.midianews.com.br