A tenente do Corpo de Bombeiros, Izadora Ledur de Souza Dechamps, acusada da morte do aluno Rodrigo Patrício Lima Claro, de 21 anos, foi aprovada em uma inspeção de saúde e tenta pela segunda vez ser promovida a capitã.
O exame, segundo uma portaria publicada no dia 21 de fevereiro, foi realizado no dia 28 de março.
Atualmente, ela desempenha funções administrativas. Desde a morte de Rodrigo, em novembro de 2016, Ledur apresentou atestados médicos de forma contínua.
Em junho de 2017, o nome dela foi retirado da lista dos oficiais que poderão ser promovidos.
Conforme o Corpo de Bombeiros, o nome da tenente constava da lista feita pela Comissão de Promoções de Oficiais, mas foi retirado na última reunião do grupo porque ela responde a processo interno.
O nome havia sido incluído na relação porque Izadora atende ao critério inicial para promoção, tempo de serviço.
Ledur aguarda para ser julgada. Recentemente, a Justiça negou o pedido da defesa dela para suspender o julgamento agendado para os dias 15 e 16 deste mês. A decisão é do juiz Marcos Faleiros, da 11ª Vara Criminal Especializada Justiça Militar.
Tortura e castigo
Rodrigo Claro, de 21 anos, morreu no dia 15 de novembro de 2016, depois de ter passado mal em uma aula prática na Lagoa Trevisan, em Cuiabá, da qual Izadora era a instrutora. A tenente respondeu a um Inquérito Policial Militar (IPM), no qual foi concluído que ela foi negligente e não cumpriu fielmente a ementa da disciplina.
O IPM disse ainda que, durante a travessia de Rodrigo à lagoa, a tenente afundou o aluno e jogou água em seu rosto quando ele voltava à superfície.
Fonte: g1.globo.com/mt