A poucos dias das eleições, os candidatos a governador, Wellington Fagundes, do Partido da República (PR), e Mauro Mendes, do Democratas foram destaque no debate realizado, na noite de ontem (2), pela TV Centro América, afiliada da Rede Globo. Mediado pelo jornalista Elias Neto, o debate teve as participações do governador Pedro Taques, candidato à reeleição pelo PSDB, e de Moises Franz, do PSOL.
Entre os principais assuntos debatidos, Wellington criticou o modelo de distribuição de incentivos fiscais concentrados em grandes empresas. Para ele, a revisão do benefício é fundamental para garantir que as empresas beneficiadas pela lei entreguem, de fato, as contrapartidas sociais que devem ser feitas. “Vamos combater a sonegação fiscal e atrair novas fontes de receitas, e com isso ajudar a fomentar a economia e gerar empregos”, garantiu o candidato do PR.
Wellington avaliou criticamente o fato de o ex-prefeito Mauro Mendes ter recebido, nos quatro anos de seu mandato, aproximadamente R$ 150 milhões em incentivos fiscais. Segundo o candidato, ao final da gestão como prefeito, as empresas de Mendes entraram em recuperação judicial, com mais de R$ 126 milhões em dívidas. O plano para a repactuação dos débitos foi homologado em 2016. Na vigência dos incentivos, as empresas não recolheram impostos.
O republicano ressaltou que seu projeto de governo é diferente dos demais candidatos. “Um quer a continuidade de um modelo que todos já sabemos que não deu certo. Outro, até dias atrás fazia parte dessa mesma gestão, e quer governar apenas para os grandes. Nossa proposta é outra, quero trabalhar com todos, do pequeno ao grande empresário, com olhar voltado para as pessoas”, destacou Wellington.
Wellington defendeu ainda investimentos na saúde, partindo da parceria e da descentralização de ações e prestação de serviços à população. “O fortalecimento do atendimento em todo o Estado, e não apenas concentrado na Capital, passa pela participação das entidades filantrópicas. Não fossem os filantrópicos como as Santas Casas e o Hospital de Câncer, por exemplo, o caos na saúde seria ainda maior”.
Ele destacou ainda que a responsabilidade do atendimento não deve recair apenas sobre os filantrópicos, como o atual governo vem fazendo. “Atendimento público é obrigação do Estado, é obrigação dar condições para que o atendimento seja realizado”, pontuou Wellington.
O republicano destacou ações parlamentares importantes, como a obtenção de R$ 100 milhões para conclusão do novo Hospital e pronto-socorro de Cuiabá, repasses que permitiram a compra de equipamentos ao Hospital de Câncer e ao Hospital Geral e a construção da ala de nefrologia infantil da Santa Casa de Cuiabá.
Boa parte da polarização entre Fagundes e Mendes partiu do candidato democrata, que insistiu em acusa-lo de ser réu. Como tem feito durante toda a campanha, Wellington deu transparência, mais uma vez, à certidão expedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em que atesta que não responde a qualquer ação penal. Para Fagundes, Mauro o ataca, usando essa acusação como artifício, em razão de seu nome pontuar em segundo lugar nas pesquisas eleitorais. Indicando a possibilidade de um segundo turno nas eleições para governo.
Valorização da Mulher
Usando um laço rosa, em alusão à campanha ‘Outubro Rosa’, Wellington fez questão de destacar a importância da presença feminina em sua campanha. “Somos a única chapa que temos uma candidata à vice-governadora, a Sirlei Theis, e reforço o meu compromisso de termos um governo feito com as mulheres e para as mulheres. Vamos trabalhar na garantia do resguardo de seus direitos, com a implantação de delegacias especializadas, fortalecer as unidades já em funcionamento, especialmente no interior. A mulher precisa de empoderamento financeiro, cursos de capacitação e, tudo isso depende do acesso à creches ou de escolas que acolham seus filhos o dia todo. Isso também está dentro do nosso compromisso”, frisou Fagundes. Com assessoria.