Por: Wesley Santiago
Josimar Gomes Amado, conhecido como “Formiga”, apontado pelas investigações da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e da Delegacia de Mirassol D’Oeste (300 quilômetros de Cuiabá) como um dos líderes da quadrilha envolvida no furto qualificado consumado a agência do Banco do Brasil de Mirassol D’Oeste, ocorrido em 9 de fevereiro deste ano, foi preso em junho do ano passado com um aparelho que desliga sinais de áudio, vídeo e alarmes de bancos e poderia ter causado uma tragédia no ar.
Formiga foi investigado na operação “Lepus”, de 20 de abril de 2017. Ele está preso desde o dia 5 de junho de 2017, quando recebeu voz de prisão no Aeroporto Internacional Marechal Cândido Rondon, em Várzea Grande, ao desembarcar de um avião que chegava de Curitiba, com a maleta que é avaliada em R$ 50 mil, que foi apreendida na ocasião.
O equipamento tinha sido despachado no aeroporto de Curitiba, dentro de uma mala, enrolado em dois cobertores, com destino a Cuiabá. Ele havia embarcado usando nome falso de Luiz Fernando Braga.
“A Maleta, que possui um botão de acionamento capaz inibir os sinais transmitidos de maneira remota, veio dentro do avião e poderia gerar risco e levar a queda da aeronave, que transportou de Curitiba a Cuiabá”, disse o delegado Luiz Henrique Damasceno, responsável pela ‘Operação Lepus’ à época.
A opinião foi a mesma do delegado Diogo Santana Souza, titular da GCCO: “O equipamento ainda passará por perícia para saber qual o potencial que tem. Fizemos o teste na delegacia e ele bloqueia mesmo os sinais de áudio e vídeo, entre outros. Isso sendo transportado de forma clandestina, poderia trazer risco. Se fosse acionado lá em cima, o avião perderia o contato com a torre, talvez os instrumentos e ficaria no escuro”, disse ao Olhar Direto.
Além do furto ao banco de Mirassol D’Oeste, Formiga é apontado como integrante da quadrilha que roubou a agência do Banco do Brasil do Distrito Industrial, em 1º de abril de 2016, ocasião em que os suspeitos permaneceram por várias horas no interior do estabelecimento bancário, mediante restrição da liberdade dos funcionários do banco.
Operação Omega 2
A Justiça decretou 11 mandados de prisão e 13 ordens de busca e apreensão. Nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande foram presos: Felipe da Silva, Maycon da Silva, Thiago Furlani de Souza, Allyson Domingos de Oliveira. Os suspeitos Josimar Gomes Amanda (Formiga) e Jefferson da Silva (Jeffinho) tiveram os mandados cumpridos na Penitenciária Central do Estado (PCE). Em Mirassol D’ Oeste foram presos Fabiano de Paiva Mazali e Rosenil da Costa.
O furto registrado na madrugada de 9 de fevereiro, na cidade de Mirassol D’Oeste, deixou danos nas portas de acesso à agência, que foram arrombadas para que os bandidos tivessem acesso ao cofre do banco. Os criminosos cortaram os mecanismos de acionamento do sistema de alarme e ainda a fiação das câmeras de segurança.
No local foram encontrados abandonados discos de corte, um boné preto e luva. Os suspeitos deixaram a agência pulando o muro da agência que dá acesso ao um terreno vazio.
A ação conta com a participação dos policiais civis alunos do 2º Curso de Operações Antissequestro, que finaliza nesta sexta-feira (07) com a atividade operacional, possibilitando aos alunos colocarem em prática a metodologia da capacitação realizada nas duas últimas semanas