Apreensão do dinheiro e do material de campanha foi feita na noite desta quinta-feira perto de Poconé
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu R$ 89,9 mil com três pessoas que iam de Cuiabá a Cáceres. Com eles, segundo os agentes, foram encontrados santinhos do ex-secretário de Desenvolvimento Econômico, Carlos Avalone (PSDB), que é candidato a deputado estadual.
De acordo com o boletim de ocorrência, agentes da PRF abordaram um carro em Poconé, na BR-070, na noite da última quinta-feira (04). Ao abordarem um dos três passageiros do veículo, perceberam um “nervosismo excessivo”.
“Este apresentou nervosismo excessivo e a equipe iniciou uma fiscalização detalhada em seu veículo, onde no interior do seu porta-malas fora encontrada uma mochila contendo o valor de R$ 89.900,00”, disse a PRF em trecho do B.O.
Segundo os agentes, o motorista do carro confirmou que o dinheiro seria para pagar cabos eleitorais.
O condutor do veículo disse que o dinheiro fora pego em um escritório em Cuiabá e que este dinheiro seria para pagar cabos eleitorais
“Ao ser indagado, o homem disse que se tratava de dinheiro da venda de uma motocicleta. Porém, o condutor do veículo disse que o dinheiro fora pego em um escritório em Cuiabá e que este dinheiro seria para pagar cabos eleitorais”, afirmou.
A presença de santinhos de Avalone foi confirmada por uma fonte da PF ao MidiaNews. O trio foi detido, levado à sede da PF e ouvido. Na manhã desta sexta-feira (05), eles foram liberados.
A PRF identificou crime de falsidade ideológica. Por ter encontrado santinhos de Avalone no veículo, o tucano também pode ser enquadrado no crime de “caixa 2” e/ou compra de voto. O delegado deverá encaminhar o caso à Justiça Eleitoral.
A reportagem tentou entrar em contado com o ex-secretário, mas as chamadas em seu celular não foram atendidas.
Malebolge
O ex-secretário da Gestão Pedro Taques (PSDB) foi um dos alvos da Operação Malebolge, a 12ª fase da Ararath, assim como os seus irmãos Marcelo Avalone e Carlos Eduardo Avalone, empresários do ramo de construção civil.
Em 2017, o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a quebra do sigilo bancário da empresa de Avalone. A PF descobriu transações por meio das buscas e apreensões feitas nas empresas Três Irmãos Engenharia, Valor Engenharia e MCA Energia e Barragens.
Avalone é suspeito de participação em uma propina de R$ 6 milhões paga, em tese, para comprar o silêncio do ex-secretário Eder Moraes em relação aos esquemas dos governos Silval Barbosa e Blairo Maggi.
FONTE: http://www.midianews.com.br